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Netflix: Porque NÃO assistir Lupin

Em 8 de janeiro, a Netflix revelou a primeira temporada da série francesa Lupin, série em que um ladrão que rouba ricos e é um dos grandes fãs do romance  “Arsene Lupin, O ladrão de Casaca“, personagem de ficção francêsa criada por Maurice Leblanc,  tenta provar a inocência de seu pai enquanto vivencia as aventuras de seu herói favorito no mundo digital moderno. 

A série não ganhou grandes prêmios, alguns acham empolgante, engraçada e divertida – a propósito, Omar Sy é o personagem principal. Mas a série de ação foi realmente tão boa quanto dizem as primeiras reações dos espectadores e as opiniões dos especialistas? Não contém spoilers, mas alguns detalhes serão descritos.

Vamos a uma sinopse do filme antes:
Arsene Lupin escolheu o crime como profissão, embora ele sempre tenha feito questão de roubar apenas aqueles que achava que mereciam. A história se passa em Paris, portanto, é uma adaptação moderna da história clássica. Além disso, é um tributo auto-reflexivo e moderno à lenda de Arsene Lupin, já que o protagonista não é realmente Arsene, apenas um fã ávido, Assane Diop ( Omar Sy ), que conhecemos como um limpador do Louvre.

  

A joia de Maria Antonieta , uma joia no valor de dezenas de milhões de euros, surge do nada para ser leiloda, sendo que o pai de Assane havia sido acusado de roubá-la 25 anos antes. Assim, a série realmente conta a história de uma campanha de vingança em que o protagonista quer provar que seu pai não era um ladrão ou quer que os verdadeiros culpados recebam seu castigo digno.

No entanto, o homem vive uma vida dupla: desde o amor de infância – com quem, segundo a história, já convivem separados – ele tem um filho adolescente, com quem não quer que sua relação se deteriore, então o cara também é uma parte importante de sua vida. Ao mesmo tempo, porém, ele age como um criminoso sofisticado sobre o qual o mundo exterior quase não tem ideia. Atrás do perdedor está um ladrão profissional sanguinário e um artista de transformação que está constantemente mudando sua aparência e identidade.

Porque não assistir?
Com planos de roubos mirabolantes, como em “12 Homens e um segredo“, onde você só sabe o que realmente aconteceu quando a história é recontada/relembrada pelo personagem, a série mostra as ações de Assane, ou seja, uma receita velha e que sempre nos leva a pensar: Ok, o plano mirabolante foi bem ensaiado, mas quem garante que os personagens que não faziam parte dele iam se comportar diante das situações de acordo com o que esperavam?

Claro, filmes são diversão e algumas coisas podemos ignorar, se não fizessemos não assistiríamos filmes de ficção de científica. Mas é uma formula batida.

Continuando, apesar de algumas coisas serem mantidas em dúvida para serem esclarecidas depois, como o motivo do roubo da jóia no louvre, que não era para revender, algumas ficam falhas, uma delas é demorarem esclarecer que o responsável pela prisão do pai ainda estava vivo, já que havia passado vários anos. Uma ocultação desnecessária e que muitos perceberam de início.

A falha mais grave é o astuto ladrão, e vingador, não ter uma cópia do vídeo que seria a derrocada do alvo da vingança, nem por ele nem da personagem que conseguiu o vídeo (não vou entrar em detalhes, seria spoiler). O que foi algo que eu levei a série para uma opinião de “regular” para “ruim”.

Por fim, ela tem apenas cinco epsódios, volto a dizer, com ideias batidas, deixando em aberto todo o plano de vingança e encerrando para algo que não deixa a ideia da continuidade da proposta e sim um acontecimento paralelo (que não vou relatar por ser spoiler). Talvez o motivo seja o mesmo usado pelos produtores de “La Casa de Papel” que dividiram a primeira temporada em duas partes no Brasil para atrair o público, já que a segunda parte levou parte dos que gostaram a ter uma visão negativa depois.

Provavelmente voltarei a assistir, já que havia começado, como foi com Lost e Games Of Thrones, mas só no fim da lista de séries e filmes que pretendo assistir.


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