Em certo momento da introspectiva “O Fim do Fundo”, Jokin – faceta do músico e produtor musical pelotense Joaquim Mota – desabafa que está cansado de sofrer e que aquele é seu lugar. Partindo de um momento de escuridão em direção à luz, o artista abre o coração no primeiro single de seu álbum de estreia “Cubomedusa”, que está disponível em todas as plataformas via yb music. A faixa ganha um visualizer performático guiado pela dança.
Ouça “O Fim do Fundo”: https://lnk.fuga.com/jokin_ofimdofundo
Assista “O Fim do Fundo”: https://youtu.be/cHD8fGoRNGk
“Essa música fala sobre experiências minhas enfrentando e lutando contra problemas relacionados à saúde mental. ‘O Fim do Fundo’ representa o fim do fundo do poço, por assim dizer. Representa aquele momento em que tudo parece perdido, mas as coisas começam a melhorar e a esperança renasce, marcando assim, o fim desse momento no fundo, se afogando, pra voltar a respirar”, conta ele
Idealizado como projeto solo e executado como um trabalho colaborativo, Jokin colaborou com diversos compositores, músicos, artistas visuais, fotógrafos, cineastas e bailarinos para desenvolver sua própria faceta artística e esse caldeirão de experiências será registrado em álbum com “Cubomedusa”. Durante a pandemia e no meio do isolamento, ele sentiu a necessidade do coletivo. Foi durante esse período que, junto à banda esquimós, projeto do qual faz parte há mais de 10 anos, lançou pelo pelo Escápula Records três compactos com participações de diversos artistas diferentes, gravados em isolamento.
Em 2022, após meses de amadurecimento do conceito do que seria o projeto e as primeiras composições, Joaquim convidou o músico e produtor musical Gustavo Cunha para colaborar na produção do álbum.
“Essa canção é um feat. com o Gustavo Cunha, que além de produzir e participar na música, também fez o arranjo dela junto comigo. Além disso, essa música eu compus em conjunto com os meus parceiros de esquimós, e juntos, nós gravamos e lançamos uma versão bem diferente dessa nova no segundo álbum da banda em 2019. Durante a pandemia, via online, eu e o Gustavo Cunha, resolvemos fazer uma nova versão dela e eu gostei muito do resultado. Ela foi a primeira música gravada para o novo álbum e é a pedra fundamental desse início de projeto. Então, é mais do que natural ela ser o primeiro single deste novo ciclo”, reflete ele.
Nomeado segundo o nome científico de uma água-viva, um animal com uma beleza misteriosa e que exige um cuidado ao lidar, “Cubomedusa” é uma obra composta por oito músicas que se dividem entre português e inglês para trazer questões existenciais sobre a vida e o sublime, se inspirado no indie, no jazz e até com referências de hip hop.
O projeto recebeu apoio financeiro do Procultura da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Pelotas para a realização do primeiro álbum. “Cubomedusa” será lançado em outubro de 2024 e o single está disponível em todas as plataformas de música.
Crédito: Thamires Seus
Ficha Técnica:
Produzido por Gustavo Cunha e Joaquim Mota
Letra por Joaquim Mota
Música por Joaquim Mota, Matheus Costa e César Gularte
Participações: Joaquim Mota – voz, guitarra e baixo; Gustavo Cunha – voz, sintetizador e beats
Gravado no estúdio Petricor por Gustavo Cunha e Joaquim Mota
Arranjo por Joaquim Mota e Gustavo Cunha
Edição de vozes por Esmute no Esmute’s Swamp Estúdio
Mixagem por Gustavo Cunha e Joaquim Mota nos estúdios Fuzz Lab e Petricor
Masterização por Fu_k The Zeitgeist no estúdio Coletivo 4’33”
Ilustrações e projeto gráfico por Emmanuelle Schiavon
Fotos por Thamires Seus
Isadora Klee – bailarina
Submergir – direção, direção de arte e fotografia
Arthur Mota – finalização
Izzy Botelho Marcelino – assistência de direção
Leonardo Passos – making of
Pelotas, RS | 2024
Letra:
com a consciência pesando bem no centro do meu ego
todos os meus demônios gritam
não me deixam escutar mais a razão
tenho uma alma sofrendo por todo o meu corpo
todos os meus anjos lutam entre si
mas na batalha só se vê o meu sangue derramar
pra salvar o que restou de quem eu era
a vida vai me levando assim
pouco a pouco refazendo tudo o que há em mim
e se, por acaso, doer demais
desfaço todos os laços que já não me seguram mais
aqui é o fim do fundo
com o coração batendo aqui dentro do meu peito
todos os meus santos choram
me impedem de alcançar a minha fé
tenho uma voz falhando bem no fundo da minha mente
todos os que eu amo sofrem
ao me ver sempre caído no chão
tentando levantar
eu já cansei de levar tapa na cara
eu sei muito bem
por debaixo dessa cara todos os deuses partiram
mas aqui é o meu lugar
é o meu lugar
a vida vai me levando assim
pouco a pouco refazendo tudo o que há em mim